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Palavras que apresentam o mundo

  • Foto do escritor: Escola Jardim Raio de Sol
    Escola Jardim Raio de Sol
  • 15 de out. de 2024
  • 3 min de leitura
Por que falar com os bebês? Será que entendem?

Um bebê, antes mesmo de nascer, está imerso na linguagem das palavras, é falado pela mãe e demais pessoas envolvidas em a sua volta que diversas vezes falam com ele.

Por meio desses gestos, falas e conversas os adultos expressam sonhos e expectativas em relação aos bebês, que recebe um lugar para pertencer e um projeto de futuro é formado diariamente.


Palavras que apresentam o mundo

Pesquisas mostram que a voz da mãe é potencialmente calmante no momento do nascimento pois é a voz que o convida a nascer, portanto, a primeira voz a ser reconhecida e que norteará a construção do seu primeiro vínculo.

E outras vozes entram em sua vida...


Outros corpos, outros aromas, outros batimentos cardíacos.

E assim, as palavras das educadoras entram na relação.

Quando pensamos nos bebês que são “separados’’ das mães e, portanto, das vozes que os alimentam, estudamos o acolhimento com intensa proporção.

Não os acolhimentos dos dias iniciais, mas o acolhimento de todos os dias.

O acolhimento que traz um corpo recheado de vozes, palavras que apresentaram o mundo.


E essa inserção terá grande importância, devem receber, acalmar, vibrar e apresentar esse novo lugar ao bebê, assim como um bebê apresenta um mundo ao seu filho, as educadoras fazem essa função com cada criança que adentra ao contexto escolar.

Ao falar constantemente com o bebê e se deixar conhecer e fornecer sua voz para ser conhecida, reconhecida ele o irá vincular-se. Sua voz será a referencia nessa nova situação. Pouco a pouco, por essa relação constrói-se por meio do afeto e das falas que são dirigidas ao bebê, o acolhimento se transforma em um ambiente de compreensão, na qual o bebê se sentirá acolhido, seguro e protegido.



Dessa forma, ao chegar no contexto escolar o acolhimento poderá ser falado mostrando onde está, quem são as pessoas que o tocaram, mostrar os espaços, outros bebês, as cores e formas. Medidas que o ajudam a terem gradativamente uma dimensão corporal e emocional das inúmeras vozes que o atravessaram em todo o seu processo de desenvolvimento.


Há desafios? Sim.


Colocar em palavras para o bebê que a sua história será contada por outras vozes, e corpos, uma construção coletiva de toda uma equipe acolhedora.

Palavras...

Que antecipam cuidados e nomeiam as lágrimas e outras linguagens.

Para o bebê começar a falar é necessário que haja adultos que falem com ele. Dessa forma, durante os momentos de cuidado, hajam diálogos que relatem todos os movimentos, nomeando seus gestos e dando a previsibilidade das ações, como mostrar sua fralda com os desenhos, o lenço umedecido que irá tocar sua pele, a pomada que irá proteger sua pele do xixi.


Parece loucura?


Mas é a partir dessa comunicação que o adulto dirige ao bebê todas as ações que irão ocorrer em seu corpo, um corpo de direito, um corpo acolhido, um corpo que compreende. Um corpo que fala.

Partindo dessas linguagens os bebês começam a compreender os sons das palavras, e mais avante, emite vocalizações e que ao longo do seu desenvolvimento se transformam em suas primeiras palavras. E nessa relação adulto-bebês -crianças que um bebê constrói seu repertório e torna-se um indivíduo falante como todos nós.


Bebê deitado no chão

Além de inseri-los no contexto social e ensinar-lhes a usar e desfrutar das linguagens, a linguagem oral tem outra função crucial: fortalecer vínculo entre ele e educador referência. Escutar uma voz conhecida e já reconhecida o acalmará e à medida que o educar atue com previsibilidade e acolha suas frustações e outras manifestações, ele começará a perceber aproximação dos fatos da sua rotina.


E assim falar com o bebê desde a sua chegada ao mundo – seja no ambiente familiar e no acolhimento escolar, durante as trocas, mamadas, alimentações, brincadeiras livres e propostas direcionadas é considerá-lo um sujeito.


E acreditar em seu potencial de entender o que estamos falamos, acreditar que há sentimentos a serem compartilhados, partindo desse entendimento, evidenciamos e auxiliamos em seu processo de desenvolvimento físico e psíquico.


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